Distribuição e
abastecimento de Água em Guaxupé
Abastecimento de água
Em 1874 a Dores do Guaxupé, um Vilarejo apenas, já tinha
cerca de 120 casas, 7 ruas e 3 praças.
Surgia então o problema da água, para abastecimento da
população. O arraial se instalará ás margens do ribeirão e com o crescimento
várias casas já se distanciavam do mesmo. Surgiu a ideia de se construir uma
cisterna pública, nos fundos da antiga igreja, ou seja a atual Avenida Conde
Ribeiro do Valle, entre as ruas Pereira do nascimento e a rua Aparecida.
Foi o primeiro serviço de abastecimento de água á população.
Infelizmente, alguns anos após numa noite chuvosa e escura caiu , na cisterna
um cavaleiro com seu cavalo e a mesma
teve que ser entupida. (aterrada).
Em 1912 quando foi instalada a primeira câmara (Atual
prefeitura Municipal), cogitou-se a construção de um chafariz publico, na então
praça do comércio (Praça Triangular que atualmente se localiza entre as ruas
Cel. Joaquim Costa e rua Barão de Guaxupé) a água viria de uma mina localizada
nos fundos do antigo colégio Imaculada Conceição. O chafariz não chegou a ser construído,
porém a água foi captada e encanada até
as casas dos Sr.s Bento Ribeiro Ferraz (rua Barão de Guaxupé, 02) e Dr.
Joaquim Libanio (na atual rua Cel. Joaquim Costa).
Somente em 1920 foi iniciado o serviço de abastecimento da
cidade, servindo em 1930 a cerca de 9.000 nove mil habitantes e 1.200 casas, os
demais habitantes ainda não se serviam deste melhoramento.
A água foi captada em mananciais a 12Km. De distância no
bairro denominado “JACUBA” , mais
precisamente na fazenda da Grama, a 961 metros de altitude, sendo ai a
profundidade média dos lençóis de água de 20 metros aproximadamente.
Segundo o relatório do engenheiro Dr. Joaquim do Amaral
Gurgel as despesas efetuadas até 1922 atingiram o montante de ... 944:720$000
que correspondiam o seguinte:
¾
Captação de água
¾
Desapropriações
¾
Escavações
¾
Adutoras
¾
Redes de distribuição
¾
Reservatórios e despesas com a rede de esgotos.
A adutora partia da fazenda da Grama, de propriedade do Sr.
Ananias Ribeiro, em tubulação de ferro de 6 polegadas por 5km até a atual
Fazenda do Balsamo, propriedade na época do Sr. José Carneiro, onde havia uma
caixa para “quebra de carga” e para recebimento de ouro manancial instalado na
antiga colônia da Mandioca, também de propriedade do Sr. José Carneiro. Deste
ponto a adutora seguia em tubulação de ferro de 8 polegadas até o reservatório final
de distribuição, na parte alta da cidade. O reservatório fora construído de concreto
armado , dividido em duas partes , enterradas com a forma de “tronco de pirâmide
quadrangular invertido” com a capacidade para 600.000 litros. Havia ainda outro
reservatório menor, elevado, com a capacidade de 8 mil litros destinados ao abastecimento na parte alta da cidade.
A quantidade consumida de água na época era de 1.000.000 litros por dia.
A rede de distribuição era do sistema de malhas, sendo a
pressão média da água de 40 metros. Não havia hidrômetros para controlar o consumo
de água e sim as chamadas penas d’água. No período de estiagem o fornecimento
era feito das 7:00 ás 9:00 horas da manhã e das 15:00 ás 17:00 horas. Os
habitantes se acostumaram a essa maneira de economia obrigatória.
Somente na década de 1960 é que a prefeitura firmou contrato
com a Cia Mineira de água e Esgoto (Atual COPASA), transferindo a esta a
concessão do tratamento e distribuição de água em Guaxupé.
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